O curso é vinculado ao Programa Escola da Bacia do Rio Doce (Pebrid) e desenvolvido em parceria com o Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) da UFOP, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Renova. O objetivo é promover a formação continuada de professores da rede pública de 36 municípios atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão. As aulas presenciais desta segunda etapa aconteceram entre os dias 25 e 29 de julho, no Centro de Convenções Topázio Imperial, do Hotel Sesc de Ouro Preto.
O foco desta etapa, chamada "Tempo Universidade", é a especialização desses profissionais, que atuam em 616 escolas, para o desenvolvimento e atuação prática em projetos político-pedagógicos que abordem a temática do rompimento da barragem. O ponto central foi verificar se e como as escolas tratam desse tema com os estudantes e auxiliar nesse processo.
Os professores do ICHS Marcelo Loures e Paula Rodrigues são, respectivamente, diretor do Pebrid e coordenadora da especialização. Ambos pontuaram que a grande contribuição desse momento do curso tem sido a articulação junto às escolas. "O saldo de agora tem sido o fortalecimento e o empoderamento dos professores na mobilização de um projeto político-pedagógico com as escolas", enfatizou Marcelo.
A cursista Ariane da Silva Cruz, professora de História na Escola Municipal Secundino Cipriano da Silva e na Escola Estadual Maria de Castro Paiva, em Aimorés, relatou que a experiência tem sido positiva: "levar para a sala de aula a discussão sobre o rompimento significa entender que o Rio Doce é o nosso patrimônio cultural". Ela ressaltou ainda a importância da atividade para ela e para os alunos compreenderem a situação ocasionada pela mineração na região, pois todos dependem do rio que foi atingido.
A primeira etapa presencial do curso, que é híbrido, ocorreu de janeiro a julho, e o encontro de agora marca o início da segunda etapa. Ao todo, serão quatro encontros presenciais, com os dois próximos previstos para janeiro e julho de 2025.