Rufo falou sobre as origens e características deste instrumento, criado na Alemanha. Inicialmente, era usado em músicas religiosas, pois só havia transcrições para liturgia. Com o passar do tempo, os adeptos do bandoneón que não conheciam os métodos alemães para seu uso inventaram técnicas e o testaram em algumas obras.
Imigrantes europeus levaram o instrumento para a Argentina, onde se popularizou e se tornou um dos símbolos da música nacional, especialmente no tango. Por meio de músicos como Alejandro Barletta, Marino Rivero, Astor Piazzola e o próprio Rufo, o bandoneón foi introduzido na música de concerto e se estendeu para a música clássica e contemporânea.
O encontro aconteceu na manhã desta terça-feira (26), no Departamento da Escola de Música (DEMUS). Rufo, que é professor da UFOP e concilia a agenda de apresentações com as atividades pedagógicas, é doutor Honoris Causa e um dos fundadores da Orquestra Ouro Preto.
Ruffo contou com o apoio de dois convidados: Otto Hanriot que, como compositor ganhou o prêmio Palmaz Vineyard Tango Composition Competition, em 2010, por sua obra para o quarteto de cordas Vino Antiguo; e Francisco César, que teve aulas de bandoneón no Conservatório Superior Manuel de Falla, em Buenos Aires.
O professor e seus convidados apresentaram algumas obras, entre elas, a mais recente composição de Rufo, Variações Ad Libitum (2017) composta para trio de bandoneón.