O Festival de Inverno Universitário (FIU) 2025 já começou na semana passada, em substituição ao antigo e tradicional Festival de Inverno, que agora recebe um novo nome e reforça o compromisso da Universidade com a comunidade. Na abertura, que contou com a participação da reitoria da UFOP e convidados, houve a apresentação do tema "Universo Inconsciente".
Este ano, o foco principal do FIU é a aproximação entre as três cidades em que a UFOP está presente: Ouro Preto, Mariana e João Monlevade. A proposta reafirma o compromisso institucional com a Política de Cultura, aprovada em 2022, e busca alinhar o festival à realidade e aos desafios do ensino público. Para o reitor da UFOP, Luciano Campos, o evento expressa o vínculo da Universidade com a cultura e com os territórios onde atua. "O festival significa o nosso compromisso com a cultura e com as cidades nas quais estamos localizados, de permanecer com uma atividade que é tão importante, levando cultura e arte para toda a comunidade", destaca.
O evento, que vai até setembro, promove o encontro entre arte, cultura e universidade pública, com o propósito de inspirar, conectar e transformar. "O novo nome é fruto de uma política de cultura institucional que tem como objetivo remodelar o formato do festival para ele se adequar ao propósito educativo e à missão da Universidade ao nosso contexto orçamentário", explica a pró-reitora adjunta de Extensão e Cultura da UFOP, Raquel Leite.
PROGRAMAÇÃO - O FIU conta com 44 ações espalhadas entre as três cidades de atuação da UFOP. A programação inclui palestras, oficinas, apresentações de arte, teatro, música e dança. As atividades contam com apoio da Fundação de Arte de Ouro Preto (Faop), Museu Boulieu, Casa dos Contos e Escola De Ofícios Tradicionais de Mariana, ampliando o alcance e a diversidade do festival.
A curadoria das ações foi construída por grupos e coletivos culturais formados por integrantes da comunidade acadêmica e da comunidade local, com o objetivo de estreitar os laços entre Universidade e sociedade. A proposta também busca articular os coletivos culturais existentes dentro da UFOP com iniciativas ligadas à comunidade externa, promovendo o intercâmbio, a valorização e a visibilidade dessas expressões artísticas e sociais.
A abertura do FIU foi marcada por uma cerimônia realizada no Grêmio Literário Tristão de Ataíde, em Ouro Preto, em 18 de junho. A noite lançou o tom da nova fase do festival, que tem como proposta provocar reflexões em pessoas e coletivos culturais de diferentes áreas. Durante o evento, a palestra "As Imagens Livres - emoção do lidar. A liberdade em Nise da Silveira e Arthur Bispo do Rosário" traçou as conexões entre arte e saúde mental do artista e publicitário Kako Nabuco. Ele demonstrou como as imagens e pinturas do inconsciente são capazes de trazer os conflitos internos, muitas vezes ignorados, de uma forma mais eficaz que a verbal.
Em seguida, Érico Fonseca e Anderson Daher, professores do Departamento de Música da UFOP, apresentaram um rico repertório com composições de diversos países do hemisfério norte. A emoção e a sutileza acompanharam essa viagem musical. Morador de Ouro Preto e professor do IFMG, Luciano Miguel considera o Festival de Inverno um patrimônio de Ouro Preto e reconhece o privilégio de morar em uma cidade com atividades de alto nível cultural para toda a população.
O FIU segue até setembro, levando arte e cultura, gratuitamente, para a região, confira a
programação do evento.