Criado por Patrícia Pereira em qua, 03/04/2019 - 10:39 | Editado por Patrícia Pereira há 5 anos.
Uma comparação da primeira obra de farmacologia escrita por um brasileiro no século XX com referências bibliográficas da ciência na atualidade é o tema da dissertação História do Ensino da Farmacologia no Brasil baseada no Acervo Bibliográfico do Museu da Pharmacia da UFOP. A pesquisa, apresentada no final de março, é do estudante Weilher Santos, aluno de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (CiPharma).
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O estudo descreve a evolução da farmacologia, ciência que estuda como as substâncias químicas (os medicamentos) interagem com o organismo, e faz um resgate histórico do uso dos alcaloides como medicamento. Para as análises, foram utilizadas partes do acervo do Museu da Pharmacia (MPh) da Universidade Federal de Ouro Preto, como as obras Curso de Pharmacologia, de Jovelino Mineiro (1925/26), um dos primeiros docentes da ciência no Brasil, que atuou na Escola de Farmácia no final do séc. XIX, e Farmacologia, de Penildon Silva (2010), além de peças, instrumentos e equipamentos que compõem a história.
O tema central da dissertação, a farmacologia, é considerado pela orientadora da pesquisa, a professora Andrea Grabe, um pilar da atuação do profissional farmacêutico e um suporte para aqueles que lidam com medicamentos. Por isso, segundo Weilher Santos, a pesquisa é de grande importância para este momento, em que a Escola de Farmácia completa 180 anos de existência, sendo ela pioneira, a mais antiga da América Latina, a primeira a formar profissionais na área de saúde fora do curso de Medicina.
Outro fator que mostra a importância da dissertação é o apoio financeiro recebido da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que possibilitou a realização de uma exposição museológica sobre a história da farmacologia no Brasil. Para a exposição, foram utilizadas peças, instrumentos, equipamentos e livros do acervo do Museu. De acordo com a museóloga da Escola de Farmácia, Ingrid Borges, a dissertação contribui para a valorização da história cultural do Museu da Escola de Farmácia, além de possibilitar a exploração e visitação do acervo pela comunidade.
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A defesa do trabalho ocorreu no salão nobre da Escola de Farmácia, no centro de Ouro Preto. A banca examinadora foi composta pela orientadora, Andrea Grabe Guimarães, professora da Escola de Farmácia da UFOP, pelo professor Stêfany Bruno de Assis Cau, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e por Nancy Scárdua Binda, também professora da Efar/UFOP.
O MUSEU - Localizado no centro histórico de Ouro Preto, o Museu da Pharmacia é uma das construções mais antigas do município e uma interessante opção de lazer e fonte de conhecimento. O prédio histórico é destinado à preservação da memória da Escola de Farmácia, contemplando um projeto que envolve, além do museu, a Biblioteca de Obras Raras, que dispõe de uma coleção de livros predominantemente em língua francesa, em sua maioria de Ciências Farmacêuticas e também de Medicina, e de acervo documental. Tem como objetivo tornar-se o mais completo e atraente acervo da área farmacêutica no Brasil.
COMEMORAÇÕES - Para celebrar os 180 anos, a Escola de Farmácia e a Associação dos Ex-alunos (Aseefar) prepararam uma programação especial para os dias 04, 05 e 06 de abril. O evento ocorrerá na Escola de Farmácia e no Centro de Artes e Convenções da UFOP. Confira a programação.
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