A pesquisa propõe a produção de vacinas para Leishmaniose a partir da imunoinformática, técnica que abarca diferentes metodologias computacionais na produção de vacinas e que pode ser aplicada a inúmeros patógenos, como o vírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19. A imunoinformática também pode ser aplicada a vacinas já existentes, beneficiando toda a comunidade científica que trabalha com imunização.
"Nós propusemos duas vacinas quiméricas desenhadas a partir da imunoinformática. Essas quimeras são construções compostas por diferentes e pequenas porções de outras proteínas imunogênicas de Leishmania infantum. Essas vacinas passaram por testes in vivo nos quais foram avaliados importantes aspectos da imunogenicidade, geração de memória imunológica bem como de proteção em modelos murinos", explica Rory.
Os resultados são animadores, mostrando "através de experimentos diversos a capacidades destas vacinas em induzir uma resposta polifuncional em linfócitos, além de induzir memória central e efetora em células T", acrescenta, destacando a completude do trabalho, que vai desde a simulação computacional até testes em células vivas.
RECONHECIMENTO - Através do programa Next Generation Scientis, da empresa de fármacos Novartis, Brito foi selecionado, no ano passado, para um estágio de três meses na Universidade de Basileia (Suíça), onde estudou a transmissão e as consequências da Leishmaniose Visceral Canina em humanos. Já o professor Alexandre Barbosa Reis foi indicado, em 2019, a receber uma moção de aplauso na Câmara dos Deputados por desenvolver a vacina LBSap para tratamento da Leishmaniose, a ser utilizada em cães, que possui um grande potencial terapêutico e imunogênico.