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Novo livro conta a trajetória da Ouvidoria Feminina da UFOP

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Clara Lamacie

O livro "Ouvidoria Feminina, enfrentando a violência de gênero na universidade", coordenado pelas professsoras do Departamento de Direito da UFOP Flávia Máximo e Natália Lisboa, em conjunto com Gisele Machado, Júlia Magalhães e Lorena de Freitas, foi lançado em um evento realizado na Casa Gonzaga em Ouro Preto. Durante a abertura, Flávia destacou que a trajetória da Ouvidoria Feminina "é uma história que vem com muita resistência, muita retaliação, mas muita coragem, e essa história não poderia ser feita sem ser em coletivo."

A obra narra a trajetória da Ouvidoria Feminina como um marco histórico na luta contra a violência de gênero na UFOP, surgido como projeto de extensão para amparar as mulheres, no âmbito acadêmico, diante do crescente número de casos de violências de gênero relatados na Universidade. Como um órgão oficial, a ouvidoria recebe as denúncias, fornece suporte psicológico e jurídico às mulheres e formaliza as denúncias perante a Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários (Prace) ou Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep).

O trabalho relatado no livro reafirma o compromisso com a promoção da igualdade de gênero, o respeito à diversidade e a construção de uma sociedade justa e livre de violência. Segundo as autoras, a publicação simboliza a esperança de um futuro mais promissor para todas as mulheres, no qual a violência de gênero não encontre espaço para prosperar.

Flávia ressaltou que a importância do projeto também tem sido reconhecida fora da Universidade: "Nós fomos premiadas pelo Ministério da Educação, com o prêmio de Boas Práticas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais e pela própria Câmara dos Vereadores de Ouro Preto pelo nosso papel na educação". A Ouvidoria Feminina, além de exercer uma função preventiva e educativa em relação à violência de gênero na Universidade, também faz um trabalho em Ouro Preto e nos distritos com um canal de denúncias específicas.

A relevância da iniciativa também foi destacada pelo prefeito de Ouro Preto, Ângelo Oswaldo, que esteve presente no lançamento. Ele parabenizou o trabalho das coordenadoras e ressaltou o apoio da prefeitura ao projeto: "Foi uma iniciativa pioneira, inovadora, que contou com o suporte da nossa gestão por meio de estágios, possibilitando a realização dessa pesquisa de maneira competente. O resultado é este livro, que acredito que se tornará um manual a ser seguido em várias partes do país."

A ex-reitora da UFOP, Cláudia Marliére, primeira mulher a ocupar o cargo, fez questão de retornar ao início da iniciativa. Ela lembrou que o trabalho começou como um projeto de extensão e que, com o tempo, a discussão se ampliou para a criação de uma ouvidoria institucional. "Começamos a discutir a possibilidade de criar uma ouvidoria para formalizar todos os processos, e logo entendi que essa era uma das causas mais importantes que nós, mulheres, vivemos hoje", afirmou. Ela ainda destacou o sucesso da implementação, explicando que a proposta foi amplamente aceita, "inclusive, ela foi aprovada pela Andifes por unanimidade, por aclamação, e agora está sendo divulgada para todas as universidades e instituições."

A coordenadora Natália conta que todos os artigos do livro são relatos de experiências de dentro do projeto, mostrando os procedimentos e casos tratados. Ela acrescenta que, "muitas vezes, aquele relato que acolhemos, a mulher não está preparada ainda para fazer uma denúncia administrativa ou criminal. Então, o livro também traz o registro desses casos, mostrando quais são as espécies de denúncias que mais recebemos".

Flávia relata que fazer parte da Ouvidoria Feminina é um orgulho, mas também é uma dor, "porque quando lutamos contra estruturas de violência de gênero, nós pessoalmente somos retaliadas, somos processadas, somos desqualificadas". Sobre o evento, ela acrescenta que é muito gratificante aproveitar "esses momentos de alegria e de sucesso para saber que, mesmo com as dificuldades, o projeto vai continuar ao longo do tempo. É um legado para a Universidade Federal de Ouro Preto e para as mulheres de Ouro Preto".

Você pode adquirir o livro pelo link.

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Clara Lamacié
A foto mostra cinco mulheres conversando e rindo.
As autoras da obra participaram do evento

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