Qual a participação feminina no desenvolvimento das ciências e quais as adversidades enfrentadas durante a maternidade? Além disso, quais os impactos do período de isolamento social sobre as discentes de pós-graduação, as técnicas e as docentes da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)? Estas são questões que uma equipe de pesquisadores orientada pela professora do Departamento de Biologia (Debio) Patrícia Moreira de Abreu pretende responder.
As interessadas em contribuir com a pesquisa "A carreira científica das mulheres na UFOP: magnificando as questões de gênero, raça e maternidade" podem responder o questionário que aborda cuidados com os filhos, estilo de vida, entre outros assuntos relacionados.
De acordo com a coordenadora do estudo, Patrícia de Abreu, "os marcos da estruturação patriarcal do eixo científico promovem desigualdades profundas que atrasam ou até mesmo impedem a progressão de mulheres na vida acadêmica". Assim, ela afirma, o objetivo essencial do estudo é entender tais diferenças, levando em consideração indicadores de raça, "já que historicamente a pesquisa está concentrada nas mãos de homens brancos".
Terminadas as análises dos dados recolhidos durante a pesquisa, o grupo pretende enviar novas propostas de financiamento à Administração Central da Universidade. Patrícia conta que se forem observados, por exemplo, efeitos adversos da maternidade para o ingresso e desenvolvimento em programas de pós-graduação da Instituição, o grupo pode propor a criação de editais específicos para mulheres mães em situação de maior vulnerabilidade.
O tempo médio estipulado para a resposta é de 10 minutos e, caso a participante sinta algum desconforto ao fazê-lo, pode abandonar o preenchimento do formulário em qualquer etapa, sem prejuízo ou necessidade de aviso prévio.
As respostas podem ser enviadas até o fim de fevereiro por estudantes de pós-graduação, professoras e técnicas administrativas que produzam conhecimento científico.