A iniciativa surgiu de uma parceria entre o Programa de Educação Tutorial (PET) de Engenharia Ambiental da UFOP e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ouro Preto, com o apoio da Saneouro. O objetivo é avaliar a balneabilidade da água de áreas recreativas de Ouro Preto, por meio de um procedimento que determina a qualidade da água para contato primário, ou seja, o momento do banho ou mergulho em cachoeiras, rios, poços e quedas d’água.
Os testes são feitos de acordo com um cronograma, seguindo as normas de avaliação da balneabilidade. O procedimento avalia durante cinco semanas seguidas cada um dos locais. Foram escolhidas cerca de 13 a 15 localidades na região de Ouro Preto, a serem analisadas durante o período chuvoso, entre outubro a março, e, em uma segunda etapa, no período de estiagem, entre junho e julho. A observação nesses dois momentos diferentes é necessária por conta do caráter de variabilidade da água, que pode gerar resultados diferentes em todas as coletas de material.
Os trabalhos começaram em 22 de março, Dia Mundial da Água, data comemorativa criada em 1993 pela ONU com o objetivo de chamar a atenção para a preservação desse recurso natural. O coordenador do projeto, professor do Departamento de Engenharia Civil da UFOP, Aníbal da Fonseca Santiago, reforça a escolha da data para o início dos trabalhos na intenção de trazer esse tema para a discussão.
Para o professor, o esforço em saber o estado de qualidade dos locais de banho e recreação no município tem o objetivo de divulgar ao máximo se é possível ou não realizar essas atividades e tranquilizar a população. Além disso, o trabalho pode ser aproveitado para a Secretaria Municipal de Ouro Preto estar ciente se alguma cachoeira pode ter algum tipo de vulnerabilidade, quais as razões desse resultado e o que está acima dessa cachoeira contaminando a água.