O II Encontro Microrregional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde reuniu profissionais de saúde, acadêmicos, gestores públicos e estudantes para debates e trocas de experiências sobre o papel das práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) no Brasil e em Minas Gerais. As PICS, que incluem terapias como acupuntura, meditação, fitoterapia, tai chi chuan, entre outras, têm se consolidado como estratégias importantes no cuidado à saúde, promovendo uma abordagem integral e humanizada, além de contribuir para a prevenção e recuperação da saúde coletiva.
Durante o evento, os participantes refletiram sobre os desafios e as oportunidades para a implementação dessas práticas no Sistema Único de Saúde (SUS), destacando a crescente adesão e a eficácia das PICS em várias localidades do Brasil, com ênfase em Minas Gerais. O encontro contou com salas de experimentação das práticas integrativas, mesas-redondas e se consolidou como um espaço fundamental para o debate sobre as políticas públicas e a integração das PICS no SUS, levando em consideração as necessidades da população e as especificidades da saúde nos territórios.
Na abertura do evento, Élido Bonomo, representando a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), destacou o papel essencial da Universidade no fortalecimento das PICS ao integrar ensino, pesquisa e extensão. "As práticas integrativas têm ciência, prática, pesquisa e resultados. Elas devem ser vistas como uma ferramenta essencial na prevenção, acolhimento e recuperação da saúde individual e coletiva, e é fundamental que a Universidade contribua para o avanço das PICS pelo SUS", afirmou.
O evento também ofereceu um panorama sobre a política das PICS no Brasil e em Minas Gerais, analisando o impacto e os desafios dessas práticas na saúde coletiva. Vanessa de Oliveira, coordenadora de PICS da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais e representante do Ministério da Saúde, ressaltou que "Minas Gerais é pioneira, com uma política estadual de práticas integrativas e complementares e mais de 90% dos municípios ofertando ao menos uma prática, principalmente na atenção primária. O Brasil é referência internacional, consolidando as PICS como parte integral do SUS".
Vanessa destacou ainda o crescimento exponencial da adesão às práticas, com o número de participantes triplicando entre 2017 e 2023, além da ampliação das opções terapêuticas, como auriculoterapia, acupuntura e meditação.
A programação do encontro incluiu também relatos de experiências e sessões voltadas à implementação das PICS nos municípios da região dos Inconfidentes.
O evento contou com a presença de autoridades como a secretária adjunta de Saúde de Ouro Preto, Isabela Guimarães; o secretário de Saúde de Mariana, Germano Zamforlim; a secretária de Saúde de Itabirito, Cleusa Claudino; a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação da UFOP, Renata Guerra; a pró-reitora adjunta de Extensão, Vanderlice dos Santos; o pró-reitor de Assuntos Comunitários e Estudantis, Máximo Eleotério; a vice-diretora da Escola de Farmácia, Glenda Nicioli; o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, André Luís Morais; e a coordenadora de Extensão da Proex, Francisca Diana.