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Projeto do curso de Jornalismo lança produções fotográficas de alunos da UFOP

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Erika Vicentini
Duas meninas encaram a revista re.latos aberta aberta em suas mãos.
Alunos do curso de Jornalismo da UFOP lançaram a segunda edição da Revista re.lato, produzida pelo projeto de extensão Cultura Fotográfica, coordenado pelo professor Flávio Valle. No mesmo evento, aconteceu o lançamento do catálogo de fotorreportagens Foto-Jor-nada e a abertura da exposição Olhares Comunitários no hall do edifício Padre Avelar, localizado no Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (Icsa).
 
Exposição Olhares Comunitários: As fotografias da exposição foram feitas por estudantes do ensino médio da Escola Estadual João Ramos Filho, de Mariana, e da Escola Desembargador Horácio Andrade, de Ouro Preto. O projeto Cultura Fotográfica proporcionou aos estudantes acesso a equipamentos fotográficos, permitindo realizar produções visuais e escritas. A iniciativa também incluiu oficinas de Alfabetização Fotográfica, com o objetivo de apoiar os alunos no desenvolvimento de competências como leitura e interpretação do mundo e das imagens fotográficas.
 
"Meu objetivo, embora seja uma oficina de fotografia, não é ensinar as pessoas a fotografar, mas a observarem o lugar onde vivem. A fotografia é uma mediação. Os participantes fotografam o bairro onde moram e, depois, refletem sobre a fotografia do bairro. Eles vivem lá, veem o lugar todos os dias, mas não param para olhar o bairro. Porém, ao fotografar, conhecem melhor o lugar onde moram", afirmou o professor Flávio.
 
Revista re.lato: A revista foi desenvolvida em conjunto com o projeto Olhares Comunitários e reuniu o trabalho de estudantes do ensino médio e de Jornalismo da UFOP coordenados pelos professores Daniel Macêdo e Flávio Valle. Inicialmente, os grupos se encontraram e edições antigas da publicação foram apresentadas aos estudantes das escolas, que propuseram temas para o segundo volume impresso. A escolha dos locais retratados foi inspirada em memórias afetivas e vivências no bairro Cabanas.
 
"A revista me possibilitou expandir meu olhar comunitário. Entender as necessidades e tentar decifrar outras só com o olhar das pessoas, a partir de seus gestos, não necessariamente por meio de palavras. A possibilidade de falar por meio das imagens foi muito interessante, e a revista proporcionou isso", afirmou Niara Xavier, editora da Re.lato junto com Gabriel Ferreira.
 
 

Cobertura do evento Cultura Fotográfica

Erika Vicentini
Revista re.latos aberta na página do sumário
Sumário da revista re.lato
 
Foto.Jor.Nada: Coordenado também pelo professor Daniel Macêdo e com edição do aluno da UFOP Paulo César Gouvêa, esse é o primeiro catálogo produzido em conjunto com a revista. De acordo com Daniel, já havia um planejamento prévio na disciplina de Fotojornalismo de um percurso de produção compartilhado com membros da comunidade. Os estudantes se envolveram com essas pessoas e com as histórias que seriam contadas por meio de imagens e ensaios artísticos. Perto da finalização da Revista re.lato, tiveram início as discussões sobre como as produções da disciplina de Fotojornalismo poderiam circular. Logo se chegou à conclusão de que a melhor forma seria reunindo as produções finais da disciplina de Produtos e Processos Editoriais e concretizando a ideia de um catálogo de fotorreportagens.
 
"Colocar essas produções em circulação, no ensino da universidade pública, é também uma forma de estabelecer uma devolutiva social sobre os recursos empregados em financiamentos", afirmou Daniel.
 
Antes de sua participação como editor, Paulo César ainda não conhecia a realidade do bairro Cabanas. Segundo ele, o bairro tem um ar de cidade do interior, com pessoas conversando nas janelas e calçadas, crianças brincando nas ruas e soltando pipas. Para ele, a revista também atua como um documento histórico desse lugar. Apesar das fotos terem sido feitas sem muito planejamento, Paulo afirmou que utilizou tudo o que aprendeu no curso para produzi-las."Quando estamos exercendo o papel de fotojornalista, estamos sendo os olhos das pessoas que não podem estar no local. Hoje, ver o que eu vi através da câmera e poder mostrar para as pessoas é muito gratificante", declarou.
 
 

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